"Sou aquilo que escrevo, e não
aquilo que vês
Sou aquilo que represento, e
não aquilo que procuras
Sou uma rocha fechada
Uma gruta abandonada
Que partiu sem tu veres.
Sou o tempo esquecido,
O barco perdido,
Que naufragou sem querer.
Sou uma praia perdida
Num recanto qualquer.
Sou uma ilha esquecida,
Em pele de menina – mulher.
Sou a menina que conheceste
E a mulher de quem fugiste.
Sou a menina fechada
E a mulher que feriste.
Sou um porto de abrigo
Em que te abrigaste sem
querer.
Sou a noite cerrada
Sou a lua fechada
Em que te quiseste esconder."
Raquel Telles
(2.06.2010)
Sem comentários:
Enviar um comentário